terça-feira, 11 de abril de 2017

MAKE LOVE NOT WAR

O slogan já virou cliché há muito tempo, mas um cliché quando colocado na prática não é mais cliché e sim uma prática. Esse slogan apareceu lá nos idos anos 60, na ressaca da II Grande Guerra e no auge da guerra do Vietnam. Continua em dia esse slogan, com a "pequena" diferença que muito de nós já entendeu que não é pela alienação do consumo indiscriminado de drogas nem de sexo que nós nos libertamos. Quanto ao rock eu pessoalmente curto, apesar de ainda ser um meio um tanto ou quanto machista. Então, primeiramente... ;) fora :P a alienação. Bora aí substitui 'sexo, drogas e rock and roll" por "amor tântrico, plantas de cura e muita música que nos faça sonha vibrantemente". Proponho. Não imponho, claro!
Enquanto isso, vou começando o dia ouvindo " Eu e o Outro, Unidade e Harmonia nos Relacionamentos | Monja Coen | Palestra #20 | Zen Budismo". Não é que eu pratique o Zen Budismo duma forma instituída, mas muito me apraz ouvir esta senhora. Trazer as suas palavras para o coração, refletir e colocar em prática. Ao minuto 25 ela diz que os portugueses gostam muito da miscigenação e que o Brasil é uma benção por isso. Bom, como portuguesa eu assumo plenamente que gosto dessa tal de miscigenação. Mas essa fala aí da Monja Cohen é um pouco linear. Uma maioria da população portuguesa, assim como da população brasileira, é xenófoba e racista. Lamento, mas é essa mais pura das realidades. E este comparsa aqui, o Matias, foi alvo de preconceito por variadíssimos motivos. Por ser artista de rua, por ser uruguaio e quem nos diz a nós por ser branco? Ah pois. Eu já fui alvo de preconceito por esses três motivos, acrescido ao facto de ser mulher. Pessoal, mas de boa, na canoa. Não fora eu de Lisboa e também de Goa e de todos os lugares para onde a minha alma e espirito voa. Mas também já é tempo de colocarmos a mão na consciência ao invés de andarmos saltitando de cliché em cliché, uns gritando fora isto fora aquilo, outros namastê, namachá, muito obrigado, gratidão e todas as coisas que para serem verdade precisam de vir do mais intimo do coração. Já é tempo de estarmos mais serenos e cultivarmos a comunicação não violenta. Ufa! Que desafio, numa sociedade tão neurótica que o grito e o xingamento é o que brota a cada instante, mesmo nas pessoas que se dispõem a um caminho da meditação, da espiritualidade.
Por outro lado, o querido Matias talvez não tenha tido a tranquilidade suficiente de manter o seu ponto de vista lendo os sinais para não irritar um psicopata. Esse é um grande aprendizado. Nunca irritar um psicopata! Por outro lado e para finalizar, a mim dá-me que pensar o imaginário coletivo, principalmente da sociedade norte americana que o resto da América Latina importa, que é o uso indiscriminado das armas. Como participante de alguns cursos de roteiro para cinema, fui me dando conta que esse imaginário das armas, perseguições, mortes e sexo indiscriminado é uma constante, mesmo entre cinéfilos com referência várias. Não faço naturalmente a apologia de roteiros para filmes que curam o sono às pessoas, mas defendo um tipo de cinema, música e todas as outras artes que contribuam para a sanidade mental do pessoal que faz parte de dessa grande Humanidade.
Finalizando, entrem aí, por gentileza, no blog abaixo para ajudarem a família do Matias.
Abraço no coração de nós todos!
Piu
Brasil, 11/04/2017

https://jornalistaslivres.org/2017/04/o-dia-em-que-o-circo-chorou/

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