Sempre que o mês de Abril chega há sempre um lufar de esperança. Pode ser um tique socio cultural da minha parte. Pode ser. Há quem pisque os olhos, outros torcem a boca, sacodem a nuca, esticam o tornozelo direitoe estalam a língua. Eu tenho este... de acreditar que o mês de Abril é o mês dos cravos e sempre será, por mais mancadas que a democracia dê. Daquelas mancadas que a pessoa até leva um bom tempo para se repôr. Por vezes anos. Mas quando entra o mês de Abril logo olho para o dia 25 de 1974 da minha terra Natal. Já o dia 1 de 1964 no Brasil é uma piada de mau gosto que podemos e devemos e saber que aconteceu, mas sinceramente esgota-se-me o espiritualmente espiritual do mais profundo do meu ser. Brinco, mas é a mais pura verdade. Focar-me-ei, então, no lendário "25 de Abril sempre, fascismo nunca mais!". Não significa que o neo liberalismo não seja um neo a dar ares de light fascismo... Mas continuar a ter liberdade de expressão é uma conquista. Na minha terra natal é uma conquista de Abril. NUNCA ESQUECER ISSO, apesar das desilusões. Mas também quem é que nos convenceu que a liberdade, a justiça e igualdade é-nos oferecida numa bandeja de design sueco com uma trilha sonora reeditada pela fnac? hmmmmmm é tempo de sermos mais participativos e porque não olhar mais para dentro. Ah essa é outra! Quando acreditamos em algum caminho também temos de ter atenção em não impingir aos outros as nossas verdades e caminhos da luz. Cada que acenda a sua candeia interna que as orquestras de candeias internas acessas é lindo e libertador. Cada um com o seu ícone ou sem ícone nenhum. Eu e tu somos Um. O resto... é candeia apagadiça. E a gente o que quer? Caminho sem coisa que enguiça o caminhar e sim livre com pés assentes no chão e asas grandes para voar. E respirar respiraaaaaaaar.
A Piu
Br, 03/04/2017
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" Mariazinha fui, em Marta me tornei. Vou daquilo que fui e que jamais serei!", José Mário Branco |
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Pois é, continentes unidos pela solidariedade entre cidadãos e não pela cobiça e provincianismo imperialista |
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