quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

ACERCA DO MAR DE POSSIBILIDADES, AMIZADES E LEALDADES


Hoje é dia de Yemanjá, rainha do mar. Também descobri que é dia dos amigos. Informou uma postagem do face. No domingo fez cinco anos que atravessamos o mar. Ao sabor da maresia, enfrentando marés e tempestades, banhamos-mos nas águas mornas da mata atlântica e intimamente confirmo: “Desde os 7 anos que sei nadar, mas ainda estou a aprender a não me afogar.” Ter amigos é muito bom. É um voto de confiança e lealdade. E o que é essa coisa da lealdade? É o mesmo que fidelidade? A fidelidade é bater a pala a tudo, quer estejamos de acordo ou não. Já a lealdade dum amigo é quando não nos esquecemos uns dos outros, para os momentos de maré alta assim como de maré baixa. Como canta o Godinho: “ Aprende a nadar companheiro que a maré se vai levantar! Que a liberdade se vai levantar! MARÉ ALTA! MARÉ ALTA!” Amizade leal é aquela que se manifesta na felicidade da maré alta como na vulnerabilidade da maré baixa. É uma dádiva da vida vivermos momentos de resiliência e vulnerabilidade!!! Estou muito grata a esses momentos, pois fica muito mais claro quem se dispõe a abraçar e a ser solidário e quem acha que pode espezinhar porque acha que está num patamar superior a um ser que considera um Zé Ninguém, seja lá o que isso significar. Ser amigo é ficarmos incondicionalmente felizes com as felicidades e conquistas alheias. Isso é ser amigo. Sem comparações não competitividades. Quem é competente nos vários campos da vida não necessita de competir. Estou muito grata a todos os amigos que tenho mantido relação ao longo de décadas como os mais recentes que me têm dado a oportunidade de olhar para dentro e ao redor. Transcrevo aqui o que um deles hoje escreveu na sua página:
DESTROÇANDO A AUTOPIEDADE E ASSUMINDO AS RÉDEAS DA SUA VIDA

"Pare de sentir pena de você mesmo. Esse é o pior sentimento que você pode ter energeticamente falando.
Os xamãs do México antigo arrancaram a máscara da autoimportância e o rosto que encontraram por baixo da máscara foi o da autopiedade. A autoimportância deriva da autopiedade.
Autoimportância é autopiedade disfarçada de alguma outra coisa.
Quando você sente pena de você mesmo, você automaticamente se coloca numa posição em que você se sente especial. Você acha que pelo fato da sua vida ser cheia de problemas, pelo fato de você estar passando por dificuldades e estar aguentando tudo, você merece que tudo dê certo para você.
Você se sente no direito de exigir que o universo lhe recompense de alguma forma, já que você está aguentando tantas tribulações. Você se coloca sempre no papel de vítima dos acontecimentos e da vida. (…) Desloque seu ponto de aglutinação para o lugar da não-piedade.
Viva a vida como uma aventura e um desafio.
Só assim você vive de fato o caminho do guerreiro." (Vinícius Renzulli)
Para finalizar acrescento: juntos somos mais, fazendo de nós mesmos boas companhias para os demais. Em suma good vibrations atraem good vibrations. Buenuns vibraçiuns em latim contemporâneo.
Ana Piu
Brasil, 02/02/2017


ilustração: Inês d'Espiney

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