"Tentar ser boa disciplinada e submissa diante do perigo interno e externo, ou a fim de esconder uma situação crítica psíquica ou no mundo objetivo, elimina a alma da mulher. É uma atitude que a isola do que sabe; que a isola da sua capacidade de agir. Como a criança na história, que não expressa em voz alta suas objeções, que tenta esconder sua privação, que tenta dar a impressão que nada está dentro dela, as mulheres modernas passam pela mesma perturbação, a trivialização do que é anormal. Esse distúrbio está disseminado em toadas as culturas. A trivialização do que é anormal faz com que o espírito, que em circunstâncias normais saltaria para corrigir a situação, afunde no tédio, na complacência e acabe como a velha senhora, na cegueira."
Estes Pinkola, Clarissa "Mulheres que correm como lobos, Mitos e Histórias do arquétipo da mulher selvagem", Rocco, Rio de Janeiro, 1999.
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