segunda-feira, 12 de março de 2018

A (IM)PONDERÁVEL LEVEZA DO SER*

Enfim, voltando à vaca fria, não tenho vergonha de ter tentado a tragédia grega e ter quebrado a cara.
A experiência me deu asas, aquelas que o imponderável presenteia a quem se arrisca. (...)
E onde começa tudo? No impulso: um movimento inflamado, vivo, às vezes brutal. Lá vai ele! Para onde vai? Para o desconhecido. Quando tudo corre bem a imaginação leva o ator a picos inacessíveis de neve eterna.
O prazer de ir mais longe não tolera academicismos.(...) Será que ele conseguirá jogar como se deve? Com leveza, fantasia, humor? (...)
Será ele capaz de retomar todo aquele prazer da infância, quando brincava de esconde-esconde, de bandido e mocinho? Será que conseguirá se esbaldar na luz?
Um ator# precisa de jogo e de luz,uma luz brutal, violenta, erótica, carnal, impura, luxuriante, voluptuosa, sibarítica.


Gaulier, Philippe " O atormentador minhas ideias sobre teatro" Sesc. SP 2016.
* titulo: A Piu
# o ser humano no geral e no particular ( nota minha)

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