Na escola a sua corrida lenta deixava-a com dor de burro, aquela que se dá perto do estômago para os lados do ventre. Até aos 10 anos dava erros ortográficos de uma manada de bisontes fugir sem noticias do seu regresso. Era distraída e ficar sentada muito tempo talvez não fizesse nada bem à sua escoliose. Fez balé e natação e no judo levou um pisão de uma amiga que deixou um dos dedos do pé feito uma batata durante meses. Sempre teve fama na escola de se rir muito.
Usou óculos aos 18 anos, cujos mesmos foram tal e qual mente atropelados por um carro, na saída de sua casa partilhada com seus colegas de escola numa descoberta de autonomia onde muitas sopas escureceram na panela antes mesmo da sua degustação, assim como fungos de louça por lavar foram objeto de estudo por cientistas conceituados do bairro.
Basicamente o cabelo nunca foi usado com grande longuítude, pois tal qual camisolões de gola alta que picavam o seu pequenito pescoço que no retrato se pode observar, a melena é algo que pesa nos movimentos rápidos e lentos deste pequeno ser que aqui se vê como umas golas de aviador com o último botão dentro da casa! Raridade! Pois os últimos botões apertados não é uma prática constante, visto este pequeno ser, desde a mais tenra idade, apreciar janelas e portas abertas para o ar e a luz circularem tal qual seres vivos. Sejam eles bípedes ou quadrupedes. Esta criatura, na atualidade, sofre de sulipampas vivenciais cujo o rir não se esquece de si mesma. É menina para ter quatro décadas. Consta, mas parece que nasceu antes ontem de noite ao inicio da manhã.
a piu
Br, 29.08.2014
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