terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A old fashion!

Há 11 anos atrás, precisamente, voltava eu de uma estadia de uns 6 meses pelo Brasil. Durante um almoço as pessoas começaram a falar dum tal Zé Maria.Zé Maria? Não tava a perceber nada. Era um daqueles amigos recentes que nos conquistam de primeira, uma personagem dum telenovela? "Pois, o Zé Maria é muito bom rapazinho. O Zé Maria quando disse não sei o quê na cozinha." Depois explicaram-me o que era o Big Brother... E eu que não assisto TV viajei numa dialéctica: estupefacção, "repugnância", riso e novamente estupefacção. Eu acabara de trazer uma alma ao mundo e o Zé Maria, naquele momento, estava mais presente na vida de cada um que a estroininha da Piu que foi dar à luz lá para o Mato Grosso. Ora, pergunto-me e questiono: Esta coisa do voyerismo, do real e do ficticío. Do virtual que se tornou uma realidade. Isto é o quê?Hoje o facebook pode ser uma ferramenta interessante para que a informação circule fora dos media oficiais e uma modo das pessoas se organizarem. Pode ser, claro, um local de encontro de pessoas que estejam à distância. Urge, no entanto, estamos atent@s a que as relações profissionais, assim como as relações afectivas e/ou efectivas se degenerem em qui pro quós (mal entendidos) pelo facto da esfera pública e privada se misturarem. E essencialmente nós seres humanos esquecermos de nos olharmos nos olhos, escutarmos-nos e tocarmos-nos. Assim como assim o telefone fixo permitia ouvirmos a voz uns dos outros e num arrebate de impulsividade de bater com o telefone. E não havia cá desculpas para a chamada cair ou acabar o crédito! Sou uma old fashion, mas acho que prefiro.

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