Na verdade é-me difícil de entender o que é ser carnal, assim num conceito encolhido, num alibi para não superarmos as grandes sombras seculares que nos esvaziam de nós mesmos. Ser carnal por ser carnal não é uma colonização do nosso corpo e do corpo do outro? Explora e vai embora? Talvez seja uma limitação minha, uma dificuldade de entendimento. Apesar de tudo somos todos tão diferentes e tão iguais. Mas duma coisa tenho-me apercebido. Quem se vislumbra como "carnal" está a uns, muitas vezes largos, passos da felicidade, do amor pleno, do tal do amor próprio.
E o que é essa coisa de abraçarmos a felicidade e sentir esse tal amor pleno? Olha... assim de repente, sem muitas delongas, é estarmos perto do nosso próprio coração. Não estarmos dependentes duma aprovação para que sejamos nós mesmos. Bastarmos-nos e emparceirarmos-nos quando assim faz sentido. Quando nos amamos a nós mesmos na sua plenitude vamos nos atrair e quem sabe atrair seres que também estão nesse caminho. O tal do caminho do meio, onde o equilíbrio é uma bifurcação com a leveza e o desafio de respirar. Se somos parasitas emocionais ou se atraímos vampiros igualmente emocionais é nosso dever dar aí uma revisada e uma faxinada interior. Essa de que tem gente por quem nos apaixonamos estar espiritualmente menos evoluído ou que não está à altura do nosso brilho... Delicada essa visão. Colocamo-nos num lugar de superioridade duvidosa. Pois se somos assim tão evoluídos porque é que essa atração acontece? Não nos atrairemos por seres que de algum modo vibram o que nós potencializamos? Seja fragmentado ou pleno. É fixe legal caminharmos uma vida inteirinha para estarmos mais plenos. Porque ser só carnal é um fragmento de algo muito maior do que podemos SER.
A Piu
Br, 06.03.2017
um corpo é mais que um par disto e daquilo. Um corpo contém alma e espirito. |
Sermos parasitas emocionais e relacionarmos-nos com semelhantes a esse parasitismo é toxico. Faz muito mal à saúde psico motora. |
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