Então, deste jeito maneira a mim enfastia-me um pouco o culto da tristeza exacerbada. Aqui para nós, pois sei que se ouvisses esta irias achar graça. Não sei se outros acham, essa também é outra: ainda ando a entender quais as nuances do humor local e universal. Mas escuta esta: a carpidice e a tristeza exacerbada perante a morte é uma masturbação emocional. Não achas? Eu acho! Ufa. Prefiro aquelas culturas que ficam dias a fio em festa a comer, beber, cantar e dançar.
Sabes qual é a diferença entre tragédia grega e tragédia humana? É que a tragédia grega é feita por deuses, logo imortais. Já na tragédia humana, a morte é a apoteose da mesma quando esta é inesperada com contornos menos positivos. O que é fatal é sempre, de algum modo, trágico. Mas se dançarmos para que o céu não nos caia em cima podemos nos tornar espirito esvoaçante do céu, como a Nina Hagen canta. Isto com ismos fanáticos à parte. Que esses... é para quem não esvoaça livremente. Que o teu espirito esvoaçe livremente pelo espaço sideral e atravesse os tempos deixando memórias coloridas.
Ah outra! Para te rires: sabias que outro dia apresentei um pequeno número da minha palhaça diante Gardi Hutter e da Nola Rae. Borrei-me toda, no sentido metafórico da questão. Claro! :/ :D Imaginas a cena mais flop do mundo, mas sem gracinha nenhuma por falta de ritmo e prazer? Só queria fugir. Ahahahaha. Assim vai a vida de nós, os parvos e as parvas.
Até mais João Ricardo ( 27 de Maio de 1964// 23 de Novembro de 2017)
A Piu
Brasil, 24/11/2017
ilustração: Paula Rego |