RETIRO DE CLOWN
Orientação: Ana Piu
Dirigido a clowneadores que já tenham iniciado clown com a dita cuja ou que a dita cuja tenha contactado. O grupo terá no máximo 10 pessoas e é dada preferência às pessoas que estão a clownerar no Evoé às segundas.
Quando: 7 a 10 de Julho 2011 (a confirmar com o responsável do espaço)
Onde: monte alentejano entre Vendas Novas e Montemor o Novo (1.30h de Lisboa)
Porquê: O trabalhar o clown é uma arte de relojoeiro, à medida que nos vamos dando conta que existe um mecanismo com inúmeros detalhes mais necessidade sentimos de ir mais longe.
O retiro permite uma concentração no trabalho, uma proximidade tanto humana como artística que considero proveitoso para esse aprofundamento.
Como será estar um dia inteiro com um nariz de palhaço e executar as tarefas quotidianas numa outra lógica? Como será um bando de idiotas juntos lavando os dentes, dando um passeio bucólico, preparando o lanche?
O dia de trabalho será dividido em dois momentos fundamentais:
Manhã: treino físico, jogos rítmicos
Tarde: regras de contracena e improvisação de solos, em dupla e em trio
Importante: é necessário que a auto-disciplina que passa pela pontualidade, disponibilidade física e mental estejam presentes para que o trabalho seja desenvolvido com rigor.
Hão de haver momentos de lazer, porém o trabalho de clown é o nosso foco.
Filosofia deste retiro:
Não pré definirei um valor para este retiro. Naturalmente que vivo deste trabalho que desenvolvo e que tenho contas para pagar, porém gostaria de experimentar uma outra lógica de troca.
Todo e qualquer trabalho têm um ou vários valores, consoante o valor que cada um atribui. O desafio que lanço é pensarmos em colectivo qual o valor deste trabalho e chegarmos a um acordo que seja justo para todos.
Esse valor pode ser monetário ou pode-se criar um banco do tempo, onde as pessoas trocam com algo saibam fazer e que seja útil.
A ideia será de se pensar em colectivo o valor do nosso trabalho e como nos coordenamos em relação a isso. Uns terão coisas para oferecer, outros preferem criar um valor justo e acessível para que ninguém fique de fora por questões financeiras, por aí a fora.
Quanto às deslocações e alimentação proponho que nos coordenemos para que não haja desperdícios e se optimizem os recursos. Isto é, uma lista de compras, boleias colectivas com divisão de combustível.
Em princípio, não serão necessárias tendas. Penso que há lugar para dormir. Confirmo ainda durante o mês de Abril.
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