domingo, 13 de fevereiro de 2011

As Aventuras e Desventuras de Maria Bonita por Ana Piu.avi

4 comentários:

  1. Esta é uma primeira viagem das aventuras e desventuras da Maria Bonita, apresentada no 40º cabaré do Espaço Evoé, em Lisboa.

    Este número foi criado a partir de algum material encontrado no workshop de clown orientado pelo Amy Hatabb.
    O trabalho foca-se no objetivo único,no obstáculo, no conflito interno e com o objeto, no desenvolvimento ritmico da repetiçãoa.

    A simplicidade e o desenvolvimento da mesma é algo que pretendo aprofundar. Como podemos "falar" sem palavras de questões universais sem descurar as particularidades culturais.

    Escrita e atuação: Ana Piu
    Filme: Mariana Moreira
    Tratamento cibernético: Carlos Moreira
    Cedência gentil do espaço de ensaio e apresentação pública: Susana Cecilio e Pablo Fernandes do Espaço Evoé

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  2. O sucesso pode ser uma armadilha

    Ontem, dia 25 de Março, apresentei pela segunda vez As aventuras e desventuras de Maria Bonita no cabaré do Operação Nariz Vermelho.
    A segunda vem sempre depois da primeira,naturalmente, e se houver uma treceira a segunda já ficou para trás. E é nessa sequência que está o cerne da questão. Haver uma primeira, uma segunda, uma terceira... Ou seja, uma continuidade, um não desistir, um insistir com preserverância confrontando e contornando obstáculos, dúvidas. Aceitando as fragilidades de um trabalho em processo, aceitando a minha vulnerabildade enquanto pessoa e artista. E seguir.

    Quando apresentei pela primeira vez o número foi filmado e colocado no you tube. Pedi ao meu amigo Sérgio Fernandes, que de momento vive em Berlim, para me enviar virtualmente a sua opinião e criticas construtivas. O Sérginho assim o fez, de forma honesta e sincera. As suas indicações revelam humor,sensibilidade e perspicácia.

    Voltei a visionar o filme. Bloquei!
    COMO REPETIR A MESMA SEQUÊNCIA SEM PERDER ORGANICIDADE E LIBERDADE DE IMPROVISO NA INTERACÇÃO COM O PÚBLICO?
    COMO ACRESCENTAR AS INDICAÇÕES DO SÉRGIO?

    Voltei para a sala de trabalho e solitariamente continuei a trabalhar. Uma primeira parte focada nos exercicios de treino de actor trazidos do Brasil, através do Lume Teatro e uma segunda parte improvisando momentos precisos de Maria Bonita. Mas sem fixar na escritura da cena.

    Ontem apresentei diante da "familia" do Operação Nariz Vermelho e de alguns convidados. Confesso que que prefiro uma relação anónima com a plateia. Amigos e conhecidos em certos momentos intimidam-me, assim como aquela malta que traz as expectativas num patamar elevadissimo. Sinto uma responsabilidade acrescida... Um receio de me estar a repetir, um receio que só vem da insegurança. E o remédio para isso é continuar a trabalhar. Citando o Luis Otávio Burnier: "Ser generoso é ser exigente".

    No final da apresentação perguntei ao meu amigo e colega Carlos Moreira a sua opinião. E ele falou que considerava a primeira apresentação com uma partitura mais fechada e desse modo mais eficaz. Que desta vez a escritura da cena não era clara. Foi isso que falaste, Carlitos, não foi?
    Considero que a questão, não é a de partitura estar fechada, e sim de estar claro o objectivo a realizar, os seus obstáculos, a precissão do gesto e da acção. Em suma, começar de forma simples e ir construindo, justapondo gags e afins.

    O sucesso pode ser uma armadilha, porque pode fazer com que não avançemos. Mesmo que o sucesso surja penso que o devo encarar como algo de efémero e como um estimulo para continuar procurando, exprimentando, errando, refazando, repetindo.

    Estar seguro da insegurança. Estar confortável no desconforto.

    Amanhã apresento terceira vez no Bacalhoeiro. Depois conto.

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  3. Maria Bonita nunca está no lugar certo há hora certa. Não conhece as pessoas certas, nem se dá bem, assim, tão fácilmente. É incoveniente, inocente, descarada e púdica. É mais uma Maria na terra. É Maria à sua maneira. É Bonita do seu jeito.
    Simplesmente Maria Bonita

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  4. No passado domingo, dia 27 de Março, dia mundial do teatro.Uuuuu! Que reponsabilidade!
    Bom, no passado domingo apresentei no cabaré do Bacalhoeiro as adventures de Maria Bonita. Para já, para já, o lugar é muito cool! Um lugar cool em Lisboa! Hmmm! Que cosmopolita!
    Bom, focando no lugar, aliás no espaço. De facto, as dimensões do espaço, a sua envolvência, o tipo de público influenciam na qualidade do número. E quando falo na qualidade não estou a dizer se o número é bom ou é mau, simplesmente. Todos estes factores acima referidos obrigam, de algum modo, a que o performer se adapte e recrie em cima da partitura de acção pré estabelecida.
    Apresentei pela terceira vez. Nada como ir rodando.
    Perceber os ritmos e seus silêncios. Jogar em três níveis: imobilidade, quotidiano e extra quotidiano. Dentro desses três níveis existir duas palavra chave: poesia e cartoon.
    Bom, sem mais delongas me despeço. Assim que houver novidades aviso.

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