No Brasil tenho-me reconciliado com a espiritualidade. Assim sendo, antes de tudo e nos imediatamente: Haux haux#. Também posso dizer: GRATIDÃO. Porque não? Desde que venha do coração sem banalizações toda e qualquer expressão de agradecimento vale.
" Não te rias nem escarneças do que não conheces, porque outras dimensões e portais podem existir , podes é ainda desconhecer. E rir de algo maior por desconhecimento é ignorância e ao limite boçalidade. Ri-te do que te é familiar. Ri-te de ti mesma. Mas isso tu já sabes." Este foi um dos insights que certa vez tive no trabalho de linha xamanica, em que a meditação é o chão para abertura da intuição, também conhecida por terceiro olho.
Alguém também já me disse: " Quando nos rimos estamos mais perto de Deus." Assim sendo eu rio da minha prática, para desconstruir as minhas neuroses, os mesmos padrões de ansiedade e insegurança. Não vou rir da fé do 'outro' com o intuito de ofender. Posso rir também do lugar de onde vim, lá da velha Europa onde o Frederico Nicha# matou deus e quando o Holocausto aconteceu alguém perguntava onde estava Deus nesse momento. ZZZZZZZ Que pergunta estranha. É óbvio que se não acreditam em Deus ou se o distorcem para beneficiar um discurso e um mecanismo de poder é o poder que impera, não AMOR.
Também me posso rir da fé beata da "minha santa terrinha" lá dos Portugau". Pois essa fé beata aprisionou, castrou, feriu ao longo de séculos e séculos a alegria de ser e estar, a alegria de viver na plenitude, o conhecimento das plantas, das ervas e outras sabedorias. E a alegria de viver na plenitude é estar com o Grande Espirito, a Mãe Terra, as estrelas. Que... quem quiser acreditar... é de lá, das estrelas, que nós viemos. Logo, instituições religiosas que pregam e instalam o medo nada tem a ver com Amor.
Ah também posso rir dos materialistas, daqueles que não acreditam que o Espirito existe, pois em parte a minha formação foi essa por negação os beatos seculares. Porém a ideia materialista além de arrogante, por se achar cientifica concreta racional e tal e tal, é manca. Coxeia que é uma beleza, mas quando chega uma aperto até o materilista mais fundamentalista põe-se de joelhos e junta as mãos.
Assim sendo, resumindo e concluindo, eu rio-me de mim própria, porque isso pode ser caminho transcendente de não nos acharmos os tais maiorais e assim ficamos mais leves, menos cínicos. Ah esse foi outro insight: " Quando não estamos conectados com a espiritualidade, que não tem necessariamente de ser religiosa dogmática, tornamos-nos uns belos de uns cínicos. Escarnecendo da nossa própria existência ao invés de honrá-la e rir com inocência, sem aquela malicia destrutiva e mal dissente, por assim dizer. Como assistimos muitas vezes nos stand up, com as fobias e ismos: xenofobia, machismo, gordofobia, classismo e por aí vai. Eu não faço stand up, mas acredito que há quem o faça duma forma mais inteligente que essa. Assim espero e quando assim é eu rio-me.
A Piu
Br, 28/08/2018
# gratidão, grata, agradecida na língua ameríndia do povo Hunin Kuin
# por alguns conhecido como Friedrich Nietzsche, o homem do bigode.
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