Maria da Luz é um serzinho de papel machê oferecido pela amiga Anabela Teixeira há uns bons anos atrás. Disse ela que aquele ser lembrava eu ou vice versa e troca o passo. Para todos os efeitos fiz aquele balézinho básico entre os 7 e os 11 anos, sempre num estilo inconfundível de não me aguentar muito nas pontas das sapatilhas de cetim. :P
Em cima da mala vemos um raspador de bolo que usávamos em casa para fazer bolos. O raspador sempre muito cobiçado para a sessão de lambidelas depois da feitura de qualquer acepipe doce. Há quem chame de Salazar ( um denta dura facho portuga que caiu duma cadeira e foi desta para melhor, como todos nós um dia só que uns mais leves que outros conforme o caminho que tomarem pelo deserto). E porque chamam ao raspador d Salazar? Por que o mesmo era muito poupadinho. Ora pois, pois. Só que aqui a Ana, a Piu colou uma flor vermelha cor de paixão e de liberdade no tal do raspador. Esse objeto na viagem de Maria da Luz é uma espécie de escavadora suave para abrir caminhos.
Em baixo, temos um cabide que pendurou muita roupita no meu armário de infância. Um bambi espanhuelo. Nunca conversei com ele, pos sorri em posição de Cleópatra,
mas ao que consta veio da terra vizinha. Já o vestido foi gentilmente oferecido por alguém no Brasil. É um dos vestidos da criança que Maria da Luz não se esquece de continuar a ser. Dentro da mala passa-se a história. História essa que é surpresa contada em forma de segredo para os que se aproximarem com curiosidade, liberdade e inocência.
A PIU
Brasil, 25/07/2018 |
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