Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde
Atrás da verde mata
O luar do sertão (...)
Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta
Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta
" Tropicália" Caetano Veloso
Lisa, porque em serões em que me foram solicitados contar umas histórias para o sono vir mais de boa na boa criei uma personagem com esse nome. As suas aventuras além de psicodélicas/ psicadélicas - olha os detalhes de diversidade linguística e de sotaque!- o seu nome remetia à tal da Lisboa, Lissabone, Lisbone. Aquela mesma cidade em que dei o meu primeiro: buá buá buá! Como quem diz: Cheguei!
Nos serões seguintes: Contas uma história da Lisa?
Pronto! Lisa atravessa o espaço sideral feito uma girafa translúcida que fala numa língua que todos entendem e sabem bem interpretar. Lisa faz amigos à beira da praia, enquanto come yogurtes de couve lombarda e por aí vai. Lisa desloca-se à velocidade da luz sempre numa tranquilidade invencível, vitoriosa. Por isso também é Vitória Régia, como uma criança a nomeou embora eu já lhe tivesse dado o nome de Lisa. Porque é conhecida por Lisa aqui, além mar e no oceano estrelar.
Ah! E no caso, é homenageante ser mulata. É o encontro e a mistura. Por que, como o Caetano canta, ser mulato é ser mulato no sentido lato, mulato democrático do litoral. E do interior também. Já agora. Quem não olha o interior como pode entender o litoral? Ah pois! Poizé!
A Piu
Brasil, 26/07/2018
Construção da máscara: Denise Valarini
Concepção e composição visual :Ana Piu
#teatrobalbinasbeduinas
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