quarta-feira, 28 de novembro de 2018

DIZ-ME PARA ONDE VOU QUE IREI! ( série: o mundo é branco e preto?)

Mais dia menos dia o Natal está aí. Uns o comemoram, outros mais ou menos e outros nem por isso. Mas quem o comemora que o comemore de coração com pessoas onde o apreço e o respeito seja mútuo. No meu ponto de vista é uma quadra para aqueles têm que se encontrar,  encontram-se sem necessidades protocolares, do tipo: " Ai porque é tradição! Ai porque é família!" Estes últimos meses no Brasil têm sido uma piada, que nem dá para qualificar... Mas dá muito que pensar. Famílias e amigos de longa data que se incompatibilizam porque os monstros, as cegueiras, os egoísmos, os tabus, os preconceitos, o defender algo como se fosse um time de futebol e mais uma série de padrões comportamentais que se perpetuam de geração em em geração vieram ao de cima. Também dá que pensar que uma boa parte da população não está politizada e sensibilizada para as questões de classe, exploração do trabalho, novas formas de trabalho de equipe, mais cooperativas e respeitosas em que produtividade aumenta por isso pretenda dum momento para o outro defender causas sustentadas em informações que a mídia oferece, sem se preocupar em buscar várias fontes e PRINCIPALMENTE pensar pela sua própria cabeça sem juízos de valor precipitados, aceitando a primeira pratada de marketing que lhes é oferecida.


Viramos o século e o milénio. Uns já desacreditados de todo e qualquer regime, outros ainda intimamente colocando algumas esperanças nas suas utopias que os regimes trataram de distorcer e desvirtuar. Mas a questão talvez esteja em que uma boa parte das pessoas sentem uma imensa necessidade de serem lideradas, porque assim é mais fácil. Como vivemos na era do empacotado, porque não umas ideias fora de prazo empacotadas? Sim, porque ter autonomia requer trabalho, dedicação, aprofundamento no auto conhecimento. Como podemos exigir aos outros quando não fazemos a nossa parte? Como posso terceirizar a minha felicidade num líder, guru e outros tantos que por serem humanos são falíveis. Daí, quando esse alguém onde depositamos tanta expectativa não corresponde ficamos de amuo, de cara fechada, biquinho e braços cruzados: "Já não quero mais ser seu amigo! Vou votar no outro ou vou seguir o outro só para te chatear!" Em suma, uma lógica em que nos desresponsabilizamos de sermos sujeitos históricos para encontrar um bode expiatório. E assim vamos saltitando de bode expiatório em bode expiatório.

Se é para acreditar em algo, eu acredito na expansão da consciência, na reconexão com a nossa essência, com a intuição que nos conduz para o caminho da amorosidade e do amor, em que vamos passo a passo reprogramando a nossa mente para nos limparmos de pensamentos tóxicos onde o que prima é a comunicação não violenta. Como muito dizem: " Não queira ter sempre razão, queira sim ser feliz!" Oh desafio herculico!

Ah! E quando ignoramos algum tema ou nunca nos ocorreu pensar em tal coisa em vez de personalizar e se ofender, enchendo as peitaças para esconder o orgulho ferido, baixarmos a guarda e buscarmos mais respostas dentro de nós e já agora termos a curiosidade de nos informarmos e estudarmos em vez de acharmos o que nem buscamos. Uma questão de humildade, por assim dizer.

pi U
Br, 28/11/2018

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